segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011



No dia 1° de janeiro, iniciamos uma nova década. Mas é incrível observar como ainda estamos presas a tantas coisas que parecem resquícios de tempos passados, onde a mulher precisava se afirmar constantemente na sociedade, sendo uma mãe exemplar, tenho a casa mais arrumada e bonita da rua, sendo a mais fluente no francês, a que melhor toca piano.
Essas coisas são maravilhosas e devemos, sim, ter um padrão de excelência na nossa vida, mas porque fazemos o que gostamos, com prazer. Somos mães maravilhosas porque queremos filhos felizes, somos as melhores donas de casa porque não há nada melhor do que voltar pra casa e encontrá-la arrumadinha. Mas se o dia foi pesado, difícil, o que há de errado em olhar pros pratos na pia e dizer a eles: "ok, queridos. amanhã cedo a gente se encontra por aqui."
Não sou casada, nem tenho filhos (ainda!), mas também sofro de cobranças internas em outras áreas, e de vez em quando tenho que dizer pra mim mesma quem é a cacique nessa tribo! Deus não nos quer sendo tão perfeitas para os outros, mas sem tempo para valorizar esse presente especial que Ele nos deu, que é a nossa vida. Por que não dormir até um pouco mais tarde em um domingo? Tomar um banho mais demorado para hidratar o cabelo. Comprar um presente pra si mesma, sem ser data comemorativa. Sentar no shopping com um sorvete de casquinha e ficar olhando as pessoas que passam. Ir visitar uma amiga de longa data e lembrar do tempo onde não a pressa não era problema. Faz bem...


Dia desses li uma frase de Martha Medeiros (adoro os textos dela) e convido você a fazer parte do movimento:

"Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.''

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E aí, topa?

3 comentários:

  1. Ai amiga, é verdade.... fazer as coisas sem culpa, um sorvetinho de vez em quando é bom, faz bem mesmo....ah, gostei da frase de Marta Medeiros, o difícil é não ter culpa :p... besos.

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  2. Trago comigo Clarice Lispector. Deixarei que ela fale:

    “Acho que devemos fazer coisas proibidas – senão sufocamos.
    Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres"

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  3. Adoorei a frase de Martha Medeiros.
    De fato, isso é sempre boom.
    (=

    Bel

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