segunda-feira, 28 de março de 2011



       Nascemos meninas. Algumas foram recebidas por braços calorosos de uma mãe que aguardava com ansiedade por elas, outras cresceram em ambiente hostis, sem amor ou contato físico. Algumas foram feridas, magoadas, machucadas. Muitas puderam usufruir de um amor paterno real, com olhos de quem cuida e valoriza. Outras desconhecem o que é a segurança de um pai, um defensor. Não sabe o que é chegar em casa, sentar à mesa e contar como foi o dia na escola. Muitas entraram sozinhas na igreja, ou tiveram outros parentes ocupando uma posição que não era deles, mas que fizeram com tanto amor que aliviaram a dor da ausência.

     Somos tantas e tão diferentes. Nossas experiências as mais diversas, especialmente quando se refere à estrutura das nossas famílias. E por não saber lidar com o fato de ter nascido num lar diferente do que imagina ser a família perfeita, ou ter se submetido a maus tratos de homens que até então admiravam, que eram referência, muitas de nós cresceram "acostumadas" a não se acharem tão especiais como são de verdade.

   Não se veem como dignas de um amor verdadeiro, de honra, respeito e se submetem a relações de migalhas, com pessoas que a tratam de maneira bastante inferior. Quando não sabemos quem somos, ou nosso real valor, somos tentadas a não acreditar que de nós pode sair algo bom, frutífero e nos habituamos a estar perto de pessoas que não nos amam, apenas pelo medo de ficarmos sozinhas ou para nos escondermos do desafio que é buscar algo melhor.

  Diariamente me deparo com relatos de amigas, ou de amigas das amigas, ou de alguma desconhecida que perdeu seu referencial de valor, do que é um relacionamento saudável, de quanto elas valem a pena.

  Eu imagino Deus, no dia da nossa criação, no dia que cada uma de nós nascemos, planejando uma vida bonita para nós. Escolhendo o tipo de cabelo, a cor dos olhos, da pele, as características. PRINCESAS! É assim que somos pra Ele. E se temos isso marcado em nós, ninguém poderá roubar. Nem mesmo aquele rapaz mais encantador, bom de lábia, sem o qual achamos que não podemos viver. Quando ele vier nos nos oferecer migalhas, estaremos prontas para recusar.

  Não precisamos de relacionamentos periféricos. Deus não nos criou para vivermos à margem da vida, vendo-a passar por nós. Fomos criadas para o melhor. Não para ficar embaixo da mesa colhendo os pedaços que caem de lá, mas para sentarmos e desfrutarmos do banquete.

  Não tenha medo de renunciar algo que te machuca, mesmo que você esteja nisso há muito tempo. Não tenha medo de mudar a cor do cabelo, escolher um novo curso, dizer não a algumas pessoas que te exploram. Não se curve ao que te faz sofrer, não perca tempo com quem não te acrescenta. Ouse fazer algo diferente e faça POR VOCÊ. No início não vai ser muito fácil. Desacostumar é um processo e muitas vezes estamos viciados em uma vida pequena e limitada, mas você foi criada para passos maiores.

   Não se preocupe! Você não se levantará sozinha. Todo o tempo tem uma Mão estendida pra você, de forma cordial e sorridente, te convidando para sentar à mesa e se deliciar com o banquete! Aproveite!!!

3 comentários:

  1. Clara, que mensagem maravilhosa!! Que Deus contiunue te usando e te inspirando a escrever palavras tão profundas e cheias de vida como essas. Te admiro muito!! beijos...

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  2. clarinha, linda msg!! Condordo totalmente! Somos princesas do Senhor! Beijão

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  3. Pra variar, esse estilo de escrever parecido com o meu me fez compartilhar mais uma vez o blog com todas as amigas que eu via online, hahahaha! E para algumas que não são crentes servem de pensamento e semente eterna de que elas tem um Deus que cuida e as chamam de princesas, não é todo dia que elas ou todas escutam isso!
    Que Deus te dê cada dia mais inspiração pra alcançar àquelas que que por algum motivo não tem essa realidade de VIDA!
    Bjss Clara!

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