quarta-feira, 2 de março de 2011

Hoje eu tava chegando na igreja e vi uma mulher meio que desorientada, como se estivesse procurando alguém. Perguntei se ela estava precisando de ajuda e ela disse que precisava conversar. Sentamos no banquinho que fica no jardim e ela começou a me narrar a sua triste trajetória.

Enquanto estávamos alí sentadas, algumas coisas foram vindo no meu coração. Ela falava que tinha saído de casa sem rumo, que não queria voltar, que não tinha um bom relacionamento com a mãe e que tudo que ela mais queria era uma vida normal, ter a casa dela, casar etc, etc.  Nas poucas vezes que ela me deixava falar, eu tentava mostrar pra ela como ela é valiosa, como as coisas podiam se ajeitar, que tudo era uma fase, que ela precisava tomar algumas atitudes, mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de que ela não reconhecia seu valor. Toda sua atenção estava em se realizar em pessoas. Ela não se achava capaz, mas inferior.

Fiquei pensando por que é tão difícil, para tantas de nós, reconhecer o valor que temos como mulher? Não falo de um conceito de superioridade, onde se prega que as mulheres vão mudar o mundo e os homens que se cuidem! Falo de uma visão equilibrada de nós mesmas, de que temos importância como pessoas criadas por Deus para fazer coisas específicas, de formas específicas. De que podemos mudar a vida de pessoas com gestos tão femininos de amor e compreensão. De que podemos ser as melhores profissionais, melhores amigas, melhores esposas, melhores filhas fazendo o que nos faz feliz. De olhar no espelho e se sentir bem pela pessoa que está do outro lado. De sentir orgulho dela. Sem comparações.

As comparações nos freiam. Elas nos levam a um nível onde não fomos criadas para estar. Somos diferentes e, muitas vezes, complementares. Nosso estilo não precisa ser o mesmo da nossa amiga. Nossa casa não precisa ter as mesmas coisas que a da nossa vizinha. Acredito que a verdadeira felicidade é sentir-se grata pelo que se tem e suficientemente animada para conquistar o que se quer!

Autoestima é exercício diário. Eh 1,2,3 você é a garota da vez! É deixar a preguiça e os comentários de lado a partir pra moldar e definir aquilo que não se deve deixar ninguém roubar: o prazer de ser você!



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